Wednesday, March 22, 2006

Só de sacanagem

E não mais suportar
A pequeno-burguesa indignação!
Revolta-se a classe mediana.
Pergunta do Público,
(mas só quer saber do seu quinhão).

Não mais louvar a honestidade...
Valor médio classista,
Que só existe como ausência.
Mandamento hermeneuto metafísico,
(desculpinha para não pagar "impostão").

Não mais achar o Abujamra gênio!
(pois criticar a Veja qualquer chimpanzé consegue)
Crítica superficial fragmentária, hmpf!
Caramelizada com misturas brasileñas repicadas.
O que sabe do mundo quem foi educado pela TV Cultura?

A categoria artística de classe média,
Tá de sacanagem?
Por que só fala bobagem?

Monday, March 20, 2006

O melhor dos mundos possíveis

Vivemos no melhor dos
Mundos possíveis.
A lama que sobe até os quadris
Cheira incenso indiano, Channel quatro,
Rosas de plástico.
Da nossa vivência mediana,
Medida milimetricamente,
Somos metonímia;
Como o são os nossos sonhos,
Como é o nosso amor.

O barro a nossa volta é Silício!
A sujeira é anti-séptica,
Mediada, metódica, especializada;
Negociada no livre-mercado das almas.

São aliteração
Nossos gritos repetidos ao ponto
Da perda do verbo profano.
Onde o deus ausente?
Presente é sua Igreja,
Seu reino veio.
Cacos que refletem Ele.
Sons que refratam n´Ele
Só somos com ele.
Só somos n´Ele.

...

revoltai;