Sunday, November 26, 2006

Assédio

Eu vi quando você me viu.
Persistente, você sorriu.
Eu vi
Quando você sentiu;
Viu que não seria
Assim, simples.
E me revolveu,
Pousou suas mãos suaves
Nos dedos meus.
Minha barba rala de um dia cortada,
Pavio.
Eu vi
Quando amedrontou.
Meus dedos de leve, passim,
Na nuca -
Arrepiou.
O perfume do tato –
Tudo! – pediu.
Larga a mão de ser besta.
Lá, no pretérito do futuro,
Já assentiu.

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