Saturday, November 04, 2006

Toda a ciência seria supérflua...

Enquanto sobe o amarelo incandescente,
Dia após,
Dia, segue o olhar do ansioso,
Louco de vermelho, pleno de perfume.
Morre uma visão morosa da vida,
Adicional, aditiva, coordenada, para que o adverso
Instale-se.
Fortuna cor de rosa, sangue,
Suor e lágrimas é o que no fundo é
O resultado provisório desse cotidiano,
Todo já vermelho.
Nem apositivo, explicativo, subordinado, que assim o adverbial
Entale-se.
Até que a oração se revela óbvia,
Para além das metáforas e de todos os jackobsonismos:
Que flor? Aquela óbvia, porque o óbvio é sempre
Afinidade eletiva.
O nome engana, é vermelha no espectro,
Tem espetos e magoa,
No entanto, foi e é
Modelo de primeira declinação.
Quando sobe o prata no fundo negro,
Ainda o vermelho, perfumado
Desenrola-se.

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