Monday, March 20, 2006

O melhor dos mundos possíveis

Vivemos no melhor dos
Mundos possíveis.
A lama que sobe até os quadris
Cheira incenso indiano, Channel quatro,
Rosas de plástico.
Da nossa vivência mediana,
Medida milimetricamente,
Somos metonímia;
Como o são os nossos sonhos,
Como é o nosso amor.

O barro a nossa volta é Silício!
A sujeira é anti-séptica,
Mediada, metódica, especializada;
Negociada no livre-mercado das almas.

São aliteração
Nossos gritos repetidos ao ponto
Da perda do verbo profano.
Onde o deus ausente?
Presente é sua Igreja,
Seu reino veio.
Cacos que refletem Ele.
Sons que refratam n´Ele
Só somos com ele.
Só somos n´Ele.

...

revoltai;

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