Tuesday, August 24, 2004

Investimento libidinal em objeto

Ah se eu fosse homem...
Eu a pegava, nas ancas, para ser chulo, mas com classe.
Aproximava-a do meu rosto,
Pupila beijando pupila,
Sentindo o arrepio dela no meu desejo.
E encontrava ela em mim.
Rodando e irresponsável, a dança nos tomando,
O mundo nos deixando, sem rima.
Seus olhos amendolados,
Mestiça ela,
Mestiço eu.
Nós dois misturados, dando vazão a um sabor
Planejado há anos.
Em ambos guardado, em ambos secreto.
Segredo aberto para o público que
A eles assiste, e torce.
Como numa novela das sete.
A minha palhaçada medrosa, tímida.
E anos depois comemoraremos,
Eu e o Austríaco,
Um final feliz incerto.
Tomara com ela.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home